Nos tempos que correm não é fácil encontrar boas notícias no mundo da educação e do desenvolvimento das comunidades, tal como se passa com várias outras dimensões. O mundo anda feio, muito feio.
Leio no Expresso que em Vila
Velha de Ródão, o concelho mais envelhecido do país durante mais de 25 anos, o
número de crianças desceu até 172, cerca de 5% da população.
Acontece que de há seis anos para
cá a população aumentou estando registadas 355 crianças que representam 10% da
população. O ensino secundário reabriu
este ano e uma escola do 1º ciclo encerrada desde o princípio do século vai
reabri com creche e, um dado curioso, o minibus que assegurava a vinda à escola
das crianças das aldeias do concelho será substituído por um autocarro maior.
A peça mostra com clareza um caminho de desenvolvimento que poderia servir de modelo para muitas comunidades do país apostando nos apoios à habitação, na existência de respostas de educação e de natureza social e na criação e manutenção de emprego. Fiquei particularmente satisfeito pois a minha querida e sempre lembrada avó Leonor era de Vila Velha de Ródão, nasceu numa aldeia, o Alvaiade, onde estive muitas vezes.
Contrariamente à irresponsabilidade e ignorância dos discursos de arruaceiros xenófobos, os modelos de desenvolvimento actual assentam na diversidade das populações. A diversidade e a inclusão constituem uma riqueza, não um obstáculo.
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